terça-feira, 28 de abril de 2009

" Aponta pra fé e rema ..."

É incrível que em certos momentos da vida nos veremos perdidos e e assim não teremos mais certeza se a direção em que estavamos, como todos os projetos, desejos e pessoas é realmente naquela direção que queriamos navegar.
E isto é um período limitado, sabemos que vamos readiquirir o prumo. Mas é assim que ocorre quando se encerra um ciclo e se inicia outro. E isso só ocorre se você quer mesmo deixar o ciclo antigo para tras. Exemplo ? Tente entrar na vida adulta realmente !!!
Perder a referência dos pais e das bases da familia e começar a por si só por em prática tudo aquilo que você acreditava ser na adolescência não é fácil. Pois é se vire agora com sua ideologia, idolos, amigos e referências profissionais.
Na fase adulta temos menos tempo pra pensar e mais cobranças para realizar e isto tem um peso que não tinhamos noção antes de viver. Nisso o enfrentamento entra como ferramente única para superação destes desafios, "faça o que é capaz e aprenda vivendo", "Não fuja e nem poupe os outros de suas escolhas, pois as escolhas são inevitáveis nessa fase". Mais alguma frase de auto-ajuda pra auxiliar nessa fase ??? " Não crie espectativas e aprenda com as frustrações, pois elas serão muitas !"
Mais daí surge a beleza da vida adulta !!! Qualquer conquista é sua e você saberá exatamente o valor dela. E terão muitas outras belezas... basta você viver e crescer e achar que nunca sera maduro demais e nem velho demais, tendo sempre novos objetivos e paixões.
Pessoalmente, neste exato momento estou tentando encerrar essa transição de ciclos e não está facil. Estou deixando aquela minha imagem do passado e adquirindo uma nova e isso é bem dificil. Deixar de ser o filho mais novo e o garoto frágil, não trás só méritos pois estou perdendo também todas as proteções e benefícios que estavam nesse pacote.
Mas sim ... aos 29 anos ... espero ter agora autonomia, identidade e auto-suficiência. Não acredito que seja tarde e vocês o que acham ? Serei um homem adulto e legal aos 30 ? Passarei por essa crise dos 30 com facilidade ?

        Um grande abraço a todos amigos


Composição: Marcelo Camelo

Quem bater primeira dobra do mar
Dá de lá bandeira qualquer
Aponta pra fé e rema

É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto teus sinais
Pode ser da vida acostumar

Será, Morena?
Sobre estar só, eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar
Dedicou-se mais
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?

Doce o mar, perdeu no meu cantar 

Só eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar
Dedicou-se mais
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Grupos

Realmente São Paulo não é uma cidade para se viver de forma solitária. Estar só neste mar de pessoas é contraditório e dolorido(vá ao cinema e ande sozinho pela Augusta para você ver...). Mas o mais difícil nisso tudo é ver que você se sente um estrangeiro em sua cidade natal por não estar ou se identificar como participante de um grupo.
        Por que grupos ? Auto-preservação ? Defesa de sua ideologia ? Garantia de aceitação e acolhimento ? Uma extensão da adolescência ?
São estes grupos realmente baseados em amizades e valores?
Uma série de perguntas que para quem participa do grupo é desnecessário uma resposta. Horas... o grupo surgiu naturalmente pode se pensar.

Acredito que levamos para os novos grupos aquilo que não exercitamos em família ou no trabalho. No grupo podemos exercer nossos defeitos, futilidades, nossos vícios e nossos desejos mais reprimidos nas demais áreas. Lá sim somos aceitos, lá sim estamos seguros.

Talvez por isso o solitário vendo tudo isso de fora pareça ser tão assustador ao grupo inóspito.
        " Qual será a critica desse aí ? O que ele trará denovo ? "

        Bom essa é só mais uma reflexão do solitário eu.

        Boa noite, você estranho que está lendo ai.... (de que grupo esse aí deve ser heim...)


        

Mais um dia ...

      É difícil manter a disciplina e a dedicação quando você espera ansiosamente um retorno, um prazer imediato ou alguma recompensa. É inevitável, o ansioso quer resultado a curto prazo.
      A ausência de carinho tem me feito pensar em o quanto realmente precisamos desses retornos.
      Acho que o que mais dói em mim agora na verdade é a impossibilidade de oferecer tal carinho, mas fazer o que ...
      Fico pensando nas inúmeras coisas que ainda tenho e quero fazer antes de ter alguém e esperar concluí las é tão difícil. Isso vai tirando o prazer dos pequenos empenhos diários e das conquistas de longo prazo. E acabamos criando muita expectativa pela próxima paixão. Não falo de paixão no sentido de um relacionamento homem e mulher, falo da paixão por um novo projeto no trabalho, uma futura viagem ou o aprendizado de uma língua por exemplo. Literalmente descobri que vivo de paixões, de picos de motivação e de momentos de inspiração. Uma vez eu li que o amor é sustentado por picos de paixão e como em um gráfico a linha do amor irá se aproxima a 0 no eixo Y caso não surja um novo surto de paixão, criando uma onda positiva para esta relação.
     Bom, tudo acontece e defini o que somos na nossa infância. Lá construímos nossa auto-estima.
     No meu caso eu tive um olhar único e exclusivo na necessidade de empenharmos para mantermos o amor e as relações que acreditamos serem essenciais. Isso tudo era alimentado por uma insegurança e um medo enorme de que na falta de meu empenho, provavelmente não seria aceito ou até mesmo seria abandonado. E não fica só aí, tudo parecia ter sentido quando vemos nas aulas de religião a necessidade de doação ao próximo e sobre a importância do amor.
      "Jesus Cristo e Che entraram para o mesmo hall de ídolos para mim..."
      Bom, isso é um pedacinho da minha história e um pouco de explicação sobre como a insegurança, a afetividade, a disciplina estão diretamente ligadas a ansiedade.
De resto precisamos aprender a conviver com nossas angustias e frustações para que não soframos tanto. Olhar a cada dia somente para aquilo que não tem e para o que deu errado promove sentimentos contraproducentes. Realmente, nem sempre todas as reflexões são produtivas. 
Temos que ter cuidado, pois como ser humanos que somos, nós reproduzimos padrões e até mesmo quando você pensa que está refletindo e chegando a uma grande e nova conclusão, você de forma desapercebida reproduz o mesmo padrão e assim o mesmo erro. Por isso estou dando mais valor ao conhecer e ouvir pessoas diferentes de mim e que até mesmo possuem outra postura ideológica.

domingo, 26 de abril de 2009


        


Espero conseguir fazer desse blog um relato completo das reflexões da minha vida e que se possível consiga levar ao outros um pouco da importância do enfrentamento de questões e dilemas da vida. Da minha vida, vida de todos. 
        "Prefiro a dor da lucidez..."
        Tenho a esperança que assim eu preencha um vazio da minha vida e isso auxilie no meu tratamento de combate a ansiedade. Gostaria que amigos e anônimos participassem disto e trouxessem para cá um pouco do ponto de vista de todos.
        "Depende, de que ponto você olha o mundo tudo depende"
        Quero atualizar com bastante frequência e assim manter um canal de comunicação com qualidade e com assuntos pertinente a vida de todos.
         "As minhas escolhas influenciam as escolhas dos outros ao meu redor e assim o mundo que vivo"
         Algumas coisas seram de senso comum então me perdoem qualquer plágio.
         Quero com este blog passar, com mais qualidade, na vida de todos.

          Um grande abraço.

          Sérgio